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quinta-feira, 14 de setembro de 2023

DIA DA EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ:

 Hoje, 14 de setembro, celebramos o Dia da Exaltação da Santa Cruz, um dos mais importantes símbolos da Salvação. 



Esta celebração, muito antiga, tinha primeiramente como único objetivo o aniversário da descoberta da verdadeira cruz de Nosso Senhor, por Santa Helena, e a dedicação das basílicas constantinianas, consagradas em Jerusalém a 14 de setembro de 335, no próprio local do sepulcro e do calvário.

Mais tarde, uma confusão de datas fez passar para o dia 14 de setembro a memória da restituição da Santa Cruz em 629, pelo Imperador Heráclio, que a recuperou dos persas, que a tinham furtado.

A liturgia da Cruz é uma liturgia triunfante: a Igreja celebra nela a vitória de Cristo sobre a morte, e o glorioso troféu da nossa redenção.

Os orientais denominavam-na “da preciosa Cruz, portadora da Vida”.

Essa festa nos recorda o triunfo de Cristo, e a mudança por Ele causada na condição humana.

Pois disse o Redentor:

“Assim como Moisés levantou a serpente no deserto, assim também tem de ser levantado o Filho do Homem, a fim de que todo aquele que nele crer, tenha a vida eterna” (Jo 12, 32).

O sinal da Cruz

A prática de fazer o sinal da cruz é vivida desde os primórdios da Igreja.  

Quando traçamos o sinal da cruz sobre o nosso corpo, estamos afirmando três verdades fundamentais de nossa fé: Deus, que é Uno e Trino; a Encarnação de Jesus e Sua Morte na Cruz.

Nos aconselha São Cirilo de Jerusalém:

Não nos envergonhemos de professar o Crucificado, selemos confiadamente a testa com os dedos, façamos o sinal da cruz, sobretudo sobre o pão, a comida e os copos de que bebemos!

Façamos quando vamos e quando vimos, antes de dormir, ao deitarmo-nos e ao levantarmo-nos, quando andamos e descansamos!”

A Cruz está guardada na tradição e no coração de cada verdadeiro cristão, por isso neste dia, a Igreja nos convida a rezar:

“Do Rei avança o estandarte,

fulge o mistério da Cruz,

onde por nós suspenso o autor da vida,

Jesus.

Do lado morto de Cristo,

ao golpe que lhe vibravam,

para lavar meu pecado o sangue e a água jorravam.

Árvore esplêndida bela de rubra púrpura,

ornada dos santos membros,

tocar digna só tu foste achada.

Viva Jesus!

Viva a Santa Cruz!”


Fonte: ipco.org.br 

domingo, 26 de junho de 2022

DEVOÇÃO AO IMACULADO CORAÇÃO

 

O Imaculado Coração de Maria: vaso do mais puro amor!

Coração de Maria, preservado de todo pecado, rogai por nós.

No dia após a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, a Igreja celebra a festa do Imaculado Coração de Mariaa fim de mostrar que estes dois corações são inseparáveis e que Maria sempre leva a Jesus.

Primeiramente, esta celebração foi criada pelo Papa Pio XII, em 1944, para que, por intercessão de Maria se obtenha “a paz entre as nações, liberdade para a Igreja, a conversão dos pecadores, amor à pureza e a prática da virtude”.

Nesse sentidoSão João Paulo II declarou que esta festividade em honra à Mãe de Deus é obrigatória e não opcional. Ou seja, deve ser realizada em todo o mundo católico.

Durante as aparições da Virgem de Fátima aos três pastorinhos em 1917, Nossa Senhora disse a Lúcia:

“Jesus quer servir-Se de ti para Me fazer conhecer e amar. Ele quer estabelecer no mundo a devoção ao Meu Imaculado Coração”.

“A quem a abraçar, prometo a salvação; e serão queridas de Deus estas almas, como flores postas por Mim a adornar o Seu Trono”.

Em outra ocasião, disse-lhes: “Sacrificai-vos pelos pecadores e dizei muitas vezes, em especial sempre que fizerdes algum sacrifício:

Ó Jesus, é por Vosso amor, pela conversão dos pecadores, e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria’”.

Muitos anos depois, quando Lúcia era uma postulante no Convento de Santa Doroteia, em Pontevedra (Espanha), a Virgem lhe apareceu com o menino Jesus e, mostrando-lhe o seu coração rodeado por espinhos, disse:

“Olha, minha filha, o meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos me cravam com blasfêmias e ingratidões”.

“Tu, ao menos, vê de me consolar e diz que, todos aqueles que durante cinco meses no primeiro sábado, se confessarem, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um terço e me fizerem 15 minutos de companhia, meditando nos 15 mistérios do rosário com o fim de me desagravar, eu prometo assistir-lhes à hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação dessas almas’”.

Fonte: Templário de Maria

quinta-feira, 16 de junho de 2022

CORPUS CHRISTI:

 Celebrar a Eucaristia é fazer memória da ação do Senhor na Ceia e de sua morte, é tornar presente seu sacrifício redentor:

A solenidade do Corpo e Sangue de Cristo nos leva à tomada de consciência da grandiosidade da amizade selada entre Deus e o Homem.



Desde crianças, nos acostumamos tanto a ir à missa dominical que perdemos um pouco o significado do que celebramosEla corre o perigo de se tornar um simples momento de oração comunitária e de devoção. Se isso acontece, estamos corrompendo o sentido da Eucaristia.

Em primeiro lugar, ela nos conscientiza da grande amizade selada entre Deus e o Homem.

Deus quer se unir para sempre ao ser por ele criado, que inventa um modo de estar sempre visivelmente presente aos olhos de sua criatura. 

Mais ainda, na 1ª Carta aos CoríntiosPaulo nos diz que o Senhor realizou a nova e eterna aliança, através do derramamento de seu sangue, objeto de perdão e da santificação humana. O pão, seu corpo, é partido como alimento entre os irmãos.

“Porque há um só pão, nós todos somos um só corpo, pois todos participamos desse único pão.” (1Cor 10,17).

Por isso do mesmo modo que a Igreja faz a Eucaristia, a Eucaristia faz a Igreja. Não é possível separar o corpo eucarístico do corpo eclesial.

Celebrar a Eucaristia é fazer memória da ação do Senhor na Ceia e de sua morteé tornar presente seu sacrifício redentor, é a celebração da partilha na Comunidade e é a celebração do futuro, de sua vinda gloriosa.

Celebrar a Eucaristia é partilhar o corpo e o sangue do Senhor, é comprometer-se em partilhar o que se tem e, sem dúvida, partilhar a própria vida como fez Jesus e continua fazendo na Eucaristia.

De fato, viver a Eucaristia é comprometer-se com o outro, é fazer-se responsável pelo outro.

Que nossa vida, nossos dias, sejam marcados pelo seguimento da pessoa de Jesus Cristo, de sua entrega para o bem de todos, sem receio de sacrifícios e de partilhas.

Partilhar o pão eucarístico, o corpo do Senhor, seja incentivo e também reflexo da partilha do pão que está sobre nossa mesa, de todos os dons que o Senhor nos presenteia, sem mérito nosso, enfim, de toda nossa vida.

Fonte: Aleteia

Associação Devotos de Fátima.

terça-feira, 16 de novembro de 2021

´CONSAGRAÇÃO DA FAMÍLIA A SÃO MIGUEL:

 REZAR NUNCA É DEMAIS!

Reze pela sua família (todos os dias), pela perseverança ganhará graças:

Com #CateCristoNaRede é fácil rezar!



Ó grande Arcanjo São Miguel, príncipe e chefe das legiões angélicas, penetrado do sentimento de vossa grandeza, de vossa bondade e vosso poder, em presença da adorável Santíssima Trindade, da Virgem Maria e toda a corte celeste, eu (diga seu nome), venho hoje consagrar minha família a vós.
Quero, com minha família, vos honrar e invocar fielmente.
Recebei-nos sob vossa especial proteção e dignai-vos desde então velar sobre os nossos interesses espirituais e temporais.
Conservai entre nós a perfeita união do espírito dos corações e do amor familiar.
Defendei-nos contra o ataque inimigo, preservai-nos de todo mal e, particularmente, de ofender a Deus. Que por nossos cuidados, devotados e vigilantes, cheguemos todos à felicidade eterna. Dignai-vos, grande São Miguel, reunir todos os membros de nossa família. Amém!

sábado, 30 de outubro de 2021

PURGATÓRIO e SANTIDADE:

 A doutrina do Purgatório está intimamente ligada com a Santidade, pois é de fundamental importância para a perfeição cristã.



As almas que não completaram a sua devida purificação aqui na terra podem ainda entrar no Céu, limpas de toda mancha do pecado,“aliviadas pelos sufrágios dos fiéis, principalmente pelo sacrifício do altar” (Concílio de Trento)

Para compreender a doutrina do Purgatório, deve-se primeiro saber que a justificação não é apenas um perdão de Deus para nossas faltas, pelo que Ele nos cobre com um manto e finge não enxergar nossas misérias. Deus nos quer santos de verdade.

Neste sentido, as pessoas que se mostram abertas à sua graça vão, aos poucos, passando por uma verdadeira e íntima transformação ao ponto de, um dia, poderem dizer com São Paulo: “Eu vivo, mas não eu: é Cristo que vive em mim” (Gl 2, 20). 

Na vida dos santos, percebemos essa transformação pela manifestação das virtudes heroicas, sobretudo a caridade. Os santos são capazes de amar o próximo de uma forma evidentemente sobrenatural. 

E, ao morrerem, eles estão aptos a comparecer diante da presença da perfeição infinita que é Deus, pois morrem na Sua plena amizade sobrenatural.

Bem diferente é a sorte dos mundanos. Se morrem em pecado mortal, a condenação é iminente.

Todavia, há aqueles que, embora estejam formalmente na graça santificante, não sanaram ainda as suas penas temporais em reparação à vida torta que levaram. Em outras palavras, essas pessoas têm a alma imperfeita e, por isso, não podem comparecer imediatamente na Casa Celestial

Santa Missa em sufrágio das almas do Purgatório

Elas precisam de uma purificação. Daí a grande esperança do Purgatório, pois ele nos concede a entrada para o Céu, com a limpeza que não conseguimos completar no curso de nossas vidas terrestres. 

Como afirma o Papa Bento XVI, “para alcançar a salvação, é preciso atravessar pessoalmente o ‘fogo’ para se tornar definitivamente capaz de Deus e poder sentar-se à mesa do banquete nupcial eterno” (Spe Salvi, n. 46).

De fato, o Purgatório não é um estágio entre o Céu e o Inferno. As pessoas que estão no Purgatório já estão salvas. Elas apenas precisam passar por essa última purificação antes de estarem com Deus. 

E se nós as auxiliarmos com nossas orações e sacrifícios, elas poderão viver esse encontro ainda mais rápido.

Em suma, a Igreja nos exorta a buscar a santidade já aqui neste tempo, recorrendo a todos os meios disponíveis (oração, penitência e sacramentos), ao mesmo tempo que oferecemos nossa intercessão pelas almas do Purgatório, a fim de que elas tenham logo o encontro face a face com Deus.

Fonte: Reginal Garrigou_Lagrange./ O homem e a eternidade.

 

sexta-feira, 30 de abril de 2021

DORES DE MARIA:

 


Já parou para pensar em todas as dores que Nossa Senhora suportou?.

Durante a infância de Jesus, Maria sentiu no coração angústias inexprimíveis. Ela O viu nascer num pobre estábulo; ouviu a sinistra profecia do velho Simeão; teve de fugir para o Egito a fim de subtrair seu precioso tesouro do furor assassino de Herodes; perdeu o Filho em Jerusalém e só O encontrou após três longos dias de lágrimas e de agonia; tinha constantemente presente no espírito o terrível quadro no qual Isaías descreveu antecipadamente as torturas do Messias. 



.

Mas, em compensação, que inefáveis (maravilhosas) consolações! Seu Filho crescia em seus braços; vivia com Ela numa profunda intimidade; iluminava-Lhe a alma virginal com seu divino sorriso; prodigalizava-Lhe as carícias mais ternas de seu amor infinito. .

Durante a vida pública do Salvador, Maria sofreu ainda mais..

Nosso Senhor deixou a pequena casa, onde haviam passado juntos tantos e tantos anos. Mas Ela O via com frequência e assistia às vezes aos seus triunfos. Ao mesmo tempo em que a voz do Mestre atraía as multidões, lançava o Coração de Maria num êxtase de felicidade..

Sobre o Calvário, Maria sofreu um horrível martírio. Ela viu seu Filho, de Quem cuidara com tanto devotamento, coroado de espinhos, jorrando sangue, pregado sobre a Cruz. Ela O Viu agonizar e morrer. Mas sabia que a hora da vitória definitiva soaria logo e que Jesus ressuscitaria no terceiro dia com imortal juventude..

Após a Ascensão do Mestre, esta terra tornou-se cruelmente deserta para Maria, pois o Filho não mais compartilhava de sua vida como antes. Mas Nosso Senhor Se manifestava à sua Mãe e Se dava a Ela na Eucaristia..

Depois chegou por fim o momento de sua morte dulcíssima. Como Jesus, a Imaculada subiu triunfalmente ao Céu em seu corpo gloriosamente ressuscitado..

O doloroso inverno chegara ao fim: doravante seria para Ela a primavera da eternidade….

Fonte: A Virgem Maria -Padre Thomas de Saint-Laurent

sábado, 22 de agosto de 2020

NOSSA SENHORA RAINHA:

 

O glorioso título de Rainha

Essa augusta prerrogativa de Nossa Senhora nos é apresentada com maior profundidade pelo santo Fundador dos Redentoristas, ao iniciar ele seus belos e piedosos comentários sobre a Salve Rainha:


 

“Tendo sido a Santíssima Virgem elevada à dignidade de Mãe de Deus, com justa razão a Santa Igreja A honra, e quer que de todos seja honrada com o título glorioso de Rainha. Se o Filho é Rei, diz Pseudo-Atanásio, justamente a Mãe deve considerar-se e chamar-se Rainha. Desde o momento em que Maria aceitou ser Mãe do Verbo Eterno, diz São Bernardino de Siena, mereceu tornar-se Rainha do mundo e de todas as criaturas. Se a carne de Maria, conclui Arnoldo abade, não foi diversa da de Jesus, como, pois, da monarquia do Filho pode ser separada a Mãe?


Por isso deve julgar-se que a glória do reino não só é comum entre a Mãe e o Filho, mas também que é a mesma para ambos.

“Se Jesus é Rei do universo, do universo também é Maria Rainha, escreve Roberto abade. De modo que, na frase de São Bernardino de Siena, quantas são as criaturas que servem a Deus, tantas também devem servir a Maria. Por conseguinte, estão sujeitos aos domínio de Maria os Anjos, os homens e todas as coisas do Céu e da Terra, porque tudo está também sujeito ao império de Deus. Eis por que Guerrico abade Lhe dirige estas palavras: “Continuai, pois, a dominar com toda a confiança; disponde a vosso arbítrio dos bens de vosso Filho; pois, sendo Mãe, e Esposa do Rei dos reis, pertence-Vos como Rainha o reino e o domínio sobre todas as criaturas.”

Maria Rainha: obra-prima da misericórdia de Deus

À luz dos precedentes ensinamentos, ouçamos o Prof. Plinio Corrrea de Oliveira tecendo alguns comentários sobre a realeza da Santíssima Virgem:

Nossa Senhora Rainha é um título que exprime o seguinte fato. Sendo Ela Mãe da segunda Pessoa da Santíssima Trindade e Esposa da Terceira Pessoa, Deus, para honrá-La, deu-Lhe o império sobre o universo: todos os Anjos, todos os Santos, todos os homens vivos, todas as almas do Purgatório, todos os réprobos do Inferno e todos os demônios obedecem à Santíssima Virgem. De sorte que há uma mediação de poder, e não apenas de graça, pela qual Deus executa todas as suas obras e realiza todas as suas vontades por intermédio de sua Mãe.

Maria não é apenas o canal por onde o império de Deus passa, mas é também a Rainha que decide por uma vontade própria, consoante os desígnios do Rei. Nossa Senhora é uma obra-prima do que poderíamos chamar a habilidade de Deus para ter misericórdia em relação aos homens…

Nossa Senhora Rainha dos corações

Continua o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira: Nossa Senhora é Rainha dos corações enquanto tendo um poder sobre a mente e a vontade dos homens. Este império, Maria o exerce, não por uma imposição tirânica, mas pela ação da graça, em virtude da qual Ela pode liberar os homens de seus defeitos e atraí-los, com soberano agrado e particular doçura, para o bem que Ela lhes deseja.

Esse poder de Nossa Senhora sobre as almas nos revela quão admirável é a sua onipotência suplicante, que tudo obtém da misericórdia divina. Tão augusto é este domínio sobre todos os corações, que ele representa incomparavelmente mais do que ser Soberana de todos os mares, de todas as vias terrestres, de todos os astros do céu, tal é o valor de uma alma, ainda que seja a do último dos homens!

Cumpre notar, porém, que a vontade (isto é, o coração) do homem moderno, com louváveis exceções, é dominada pela revolução. Aqueles, portanto, que querem escapar desse jugo, devem unir ao Coração por excelência contra-revolucionário, ao Coração de mera criatura no qual, abaixo do Sagrado Coração de Jesus, reside a Contra-Revolução: ao Sapiencial e Imaculado Coração de Maria.

Façamos, então, a Nossa Senhora este pedido: “Minha Mãe, sois Rainha de todas as almas, mesmo das mais duras e empedernidas que queiram abrir-se a Vós. Suplico-Vos, pois: sede Soberana de minha alma; quebrai os rochedos interiores de meu espírito e as resistências abjetas do fundo de meu coração. Dissolvei, por um ato de vosso império, minhas paixões desordenadas, minhas volições péssimas, e o resíduo dos meus pecados passados que em mim possam ter ficado. Limpai-me, ó minha Mãe, a fim de que eu seja inteiramente vosso.”

Rainha posta para a salvação do mundo

Ainda sobre o título de Nossa Senhora Rainha, não menos eloquentes são estas palavras do Papa Pio XII: “A realeza de Maria é uma realidade ultraterrena, que ao mesmo tempo, porém, penetra até no mais íntimo dos corações e os toca na sua essência profunda, no que eles tem de espiritual e imortal. 



A origem das glórias de Maria, o momento solene que ilumina toda a sua pessoa e missão, é aquele em que, cheia de graça, dirigiu ao Arcanjo Gabriel o Fiat, que exprimia o seu assentimento à disposição divina. Ela se tornava assim, Mãe de Deus e Rainha, e recebia o ofício real de velar sobre a unidade e paz do gênero humano. Por meio dEla temos a firme esperança de que a humanidade se há de encaminhar pouco a pouco nesta senda da salvação.

Que poderiam, portanto, fazer os cristãos na hora atual, em que a unidade e a paz do mundo, e até as próprias fontes da vida, estão em perigo, se não volverem o olhar para Aquela que se lhes apresenta revestida do poder real? Assim como Ela envolveu já no seu manto o Divino Menino, primogênito de todas as criaturas e de toda a criação (Col. I, 15), assim também digne-se agora envolver todos os homens e todos os povos com a sua vigilante ternura; digne-se, como Sede da Sabedoria, fazer brilhar a verdade das palavras inspiradas, que a Igreja Lhe aplica: “Por meu intermédio reinam os reis, e os magistrados administram a justiça; por meio de Mim mandam os príncipes e os soberanos governam com retidão”. (Prov. VIII, 15-16)

Rainha que vencerá a Revolução

Como fecho desses comentários ao louvor em epígrafe, vem a propósito outro pensamento do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, particularmente oportuno nesta atual fase histórica, convulsionada pelo caos em quase todas as atividades humanas:

A realeza de Nossa Senhora, fato incontestável em todas as épocas da Igreja, veio sendo explicitada cada vez mais a partir de São Luís Grignion de Montfort, até aquele 13 de julho de 1917, quando Maria anunciou em Fátima: “Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará!”É uma vitória conquistada pela Virgem, é o seu calcanhar que outra vez esmagará a cabeça da serpente, quebrará o domínio do demônio e Ela, como triunfadora, implantará seu Reino.

Portanto, devemos confiar em que Maria já determinou atender as súplicas de seus filhos contra-revolucionários. Ela, Soberana do universo, pode fazer a Contra-Revolução conquistar, num relance, incontável número de almas. Nossa Senhora Rainha poderá expulsar desta Terra revolucionários impenitentes, que não querem atender ao seu apelo. De maneira que um dia Ela possa dizer: por fim – segundo a promessa de Fátima – o meu Coração Imaculado triunfou!

À destra de Deus, Nossa Senhora Rainha intercede pelos homens

Comentando esse texto sagrado, diz o Pe. Jourdain:

Com razão o Rei-Profeta nos mostra a Bem-aventurada Virgem Maria – a Rainha, como ele A chama – sentada à direita de Deus no Céu. Se o Rei Salomão quis que sua mãe, Betsabéia, tivesse um sólio preparado à direita de seu trono real, e que ela aí tomasse assento, poder-se-ia pensar que Jesus Cristo tivesse menos atenções para com sua divina Mãe? Dize-lo seria uma blasfêmia; longe de nós tais imaginações. Maria excede em dignidade, e num grau inimaginável, à mãe de Salomão e a todas as outras mulheres. (…)

Ela é, ao mesmo tempo, uma Rainha onipotente para nos ajudar, para nos procurar um refúgio contra nossos inimigos, para nos proteger e nos defender. (…) A verdadeira Ester, a esposa do grande Rei, aquela que salva seu povo, aquela junto à qual encontramos seguro asilo, é a Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe de Deus. Ela é quem nos livra da morte eterna, que desvia de nós o terrível e fulminante golpe da suprema condenação.

Honrada com o lugar imediato junto ao Rei

De acordo com São Boaventura, uma das honras com que Jesus Cristo distinguiu sua Santíssima Mãe, nos Céus, foi a de Lhe reservar “o lugar imediato junto ao Rei. E isto por três razões.

Primeira, pela união amorosa de corações. Assim como nada se interpôs entre o coração de Deus e o da Virgem, tampouco se interpõe algo entre seus tronos. (…)

Segunda, pela frequente intercessão pelos pecadores. Porque, tendo Ela o ofício de medianeira e reconciliadora, deve sentar-se, não longe, mas perto e quase ao lado, como para falar ao ouvido do Rei, a fim de que Ele não pronuncie severa sentença contra os que a Ela recorrem, ou, caso a houvesse ditado, seja revogada. Tendes um exemplo no capítulo VII do livro de Ester: “Que petição é a tua, ó Ester?”


E em seguida, ao eco de sua palavra, a cruel sentença fica anulada; enforcado, o inimigo; os êmulos, desbaratados e livre, o povo. Por isso se diz no capítulo VI dos Cânticos, que Maria, para socorrer ao mundo e combater os demônios, “é terrível como um exército em ordem de batalha”.

E terceira, pelo patriarcado, o qual, embora houvesse correspondido a Adão entre os homens, e a Eva entre as mulheres, sentando-se Ela à direita de Deus, ou seja, possuindo seus mais excelentes bens, transferiu-se (o dito patriarcado) a Cristo e a Maria, sua Mãe; pois assim como aqueles foram assassinos do gênero humano, estes foram seus salvadores. Ela, que reina com o Filho para sempre, nos alcance o perdão dos (nossos) pecados.

Nossa Senhora Rainha de todos os Santos, à direita do Altíssimo

Ainda acerca dessa augusta preeminência de Nossa Senhora, “sentada à direita do Rei em nosso abono”, consideremos esta expressiva página do Tesouro de Oratória Sagrada:

“No dia de sua Assunção, o esplendor de Maria superou ao dos astros no firmamento; (…) naquele glorioso dia sua beleza ofuscou, não apenas a do planeta que ilumina as trevas da noite, mas a daquele ante cujos raios desaparece toda outra luz. Ouviu-se, então, ressoar pelas altas regiões, a voz do real Salmista, quando, arrebatado por divina inspiração, admirava a Rainha com um vestido bordado de ouro, engalanada com vários adornos, e sentada no trono do próprio Rei.

Deus, que tanto exaltou a Maria no Céu, quis que sua glorificação também tivesse esplendor na Terra. E a partir de então, todos os favores e todas as misericórdias chegaram aos homens por intermédio de Maria. Sim, por Ela alcançaram glória o Céu; paz a Terra; fé o povo; uma regra a vida, e disciplina os costumes. (…)

De maneira que, assim como não existe cidade, nem vila, ilha nem principado, onde não se veja um altar erigido à glória de Maria. Tampouco há cidade ou vila, ilha ou principado, onde não se fale de graças alcançadas por obra do benévolo patrocínio da Virgem (…) Exorto-vos, pois, a que coloqueis toda confiança e toda fé em Maria. Ricos e pobres, poderosos e miseráveis, príncipes e súditos, pais e filhos, grandes e pequenos, sábios e ignorantes: não olvideis que Maria é nossa Rainha e Mãe. (Pequeno Ofício da Imaculada Conceição Comentado; Monsenhor João Clá Dias, EP; Artpress – São Paulo, 1997, p. 43 a 46 e 283-284).

Fonte e foto: Arautos do Evangelho

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